“O que me fascinava em Francisco era algo único. Único e universal ao mesmo tempo. Ele me parecia um botão de flor que se abriu prematuramente, deixando entrever o esplendor de uma humanidade que aspira eclodir em cada um de nós. Seu primeiro biógrafo já havia feito esta observação: “Parecia um outro homem, um homem de outro mundo!” Então, quem era este homem novo? Que traços o distinguiam? Como caracterizá-lo? Eu via resplandecer em Francisco uma NOVA QUALIDADE DE PRESENÇA NO MUNDO. Aos meus olhos, esta nova presença era o mais belo presente que ele pôde dar-nos. Era uma presença atenta, amorosa, que tinha o Dom de converter toda hostilidade em tensão fraterna dentro de uma unidade de criação. Eu queria penetrar o mistério desta presença que anunciava uma nova humanidade. Certamente, jamais houve um homem, escreve o filósofo Louis Lavelle, que ofereceu mais perfeitamente a todos esta presença total e este Dom total de si que nada mais são do que a expressão da presença e do Dom que Deus faz de si mesmo a todos os seres, e a cada instante”
Eloi Leclerc, “O Sol Nasce em Assis”